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http://repositorio.unesc.net/handle/1/11212
Título: | Mulheres encarceradas, relações de trabalho e processos de subjetivação |
Autor(es): | Souza, Vitória de Oliveira de |
Orientador(es): | Salvaro, Giovana Ilka Jacinto |
Co-orientador: | Cortina, Mônica Ovinski de Camargo |
Palavras-chave: | Prisioneiras – Criciúma (SC) Trabalho de presidiárias Políticas públicas Subjetividade Relação de trabalho |
Descrição: | Dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação em Desenvolvimento Socioeconômico da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestra em Desenvolvimento Socioeconômico. |
Resumo: | Esta dissertação buscou analisar os processos de subjetivação das mulheres na prisão, com foco nas relações de trabalho e gênero. Propomos, também, identificar contextos de saúde mental e políticas públicas relacionadas ao encarceramento feminino. A pesquisa foi realizada na Penitenciária Sul, no município de Criciúma. Para tanto, realizamos uma pesquisa qualitativa, que teve como método a cartografia social e se baseou em Michel Foucault para compreender os processos de subjetivação das mulheres encarceradas, enfocando o papel do trabalho como regulador da vida na prisão. Foram realizados dois grupos focais, posteriormente, a transcrição, análise e organização dos resultados. O contexto de discussão da presente pesquisa é o aumento e nas taxas de aprisionamento feminino no Brasil, que em 2022 se tornou o 3º país com mais mulheres encarceradas no mundo. Mais de 60% dessas mulheres estão detidas por crimes relacionados ao tráfico de drogas. A feminização da pobreza desempenha um papel crucial, levando mulheres a se envolverem no tráfico para sustentar suas famílias. A relação entre fábrica e cárcere é destacada, mostrando uma simbiose que explora a mão-de-obra prisional. Considerando as conclusões destacadas pela pesquisa, reiteramos que a guerra às drogas e a feminização da pobreza são dispositivos de seletividade penal, moldando as experiências das mulheres encarceradas por meio de exclusão, precarização e violência. A cartografia prisional apresentou fragmentos que tornam o trabalho um dispositivo de subjetivação central no contexto prisional, ao desempenhar múltiplas funções e possuir diferentes sentidos, atua como um organizador psíquico, possibilita a socialização, uma outra relação com a passagem do tempo, promoção de saúde mental e uma dialética do reconhecimento. |
Idioma: | Português (Brasil) |
Tipo: | Dissertação |
Data da publicação: | 2024 |
URI: | http://repositorio.unesc.net/handle/1/11212 |
Aparece nas coleções: | Tese (PPGDS) |
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