Alterações dos parâmetros hemodinâmicos e de dano inflamatório em modelos animais de choque séptico

Abstract

A sepse é uma resposta inflamatória que possui relação com a atividade e o aumento do inflamassoma NLRP3, causando alterações graves no cérebro e em múltiplos órgãos. Sabendo que o choque séptico possui altas taxas de mortalidade e que um número considerável de sobreviventes a ele sofre com sequelas comportamentais, é interessante compreender e estabelecer novas condutas para o manejo adequado destes pacientes na clínica, aumentando a sobrevida e diminuindo os custos em saúde pública. Com isso, o objetivo desse projeto é avaliar as lesões no fígado e no rim ocasionados pelo choque séptico em modelo animal de sepse. Para isso foram utilizados ratos Wistar, machos, pesando entre 250-300g. Os animais foram divididos em dois grupos experimentais, Sham e CLP. Ao completarem 60 dias de vida, os animais foram submetidos ao choque séptico através do modelo de ligação e perfuração cecal (CLP). Logo após, os animais foram submetidos ao protocolo de ressuscitação volêmica, e monitoramento de pressão arterial média (PAM) através da canulação da artéria carótida. Também foi puncionado a veia jugular para a infusão de salina. O choque séptico foi estabelecido quando a PAM diminuiu para 25-30% do valor basal. Quando avaliado o estado de choque, foi realizada a reposição de solução salina (0,9%, 3 mL / kg, 0,1 mL / min). Em 3, 6, 12, 24, 48 e 72 após a sepse, foram avaliados a pressão arterial, e a frequência cardíaca, também foram coletados 0,5ml de sangue arterial para as análises de pH, TGO,TGP, creatinina e lactato. Em 72 horas depois da indução da sepse, os animais foram eutanasiados para a remoção das estruturas como rim e fígado para análise histológica. Como resultados, foi possível identificar taquicardia, hipotensão, má perfusão tecidual, redução do pH sanguíneo, acidose metabólica, aumento no nível de lactato, disfunção hepática, aumento da dosagem de ureia e creatinina, lesão renal aguda e falência renal. Visto que estes danos podem apresentar tanto por modelos animais de sepse quanto em pacientes, a enfermagem tem seu papel de destaque, pois ela está diretamente ligada a supervisão e monitoramento do paciente, iniciando o protocolo a um curto tempo, evitando que esses danos possam progredir conduzindo a morte do paciente.