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Título: Arborização urbana como espaço para a conservação de espécies nativas florestais ameaçadas de extinção
Autor(es): Magagnin, Tayse Bonfante
Orientador(es): Zocche, Jairo José
Palavras-chave: Árvores nativas
Espaços públicos
Áreas verdes
Parques e praças
Arborização urbana
Descrição: Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Ciências Biológicas da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Resumo: A arborização urbana, quando planejada e executada com espécies arbóreas nativas regionais, apresenta maior probabilidade de sucesso, uma vez que promove os serviços ecossistêmicos, contribui para a melhora microclimática, reduz os índices de poluição atmosférica, eleva as chances de sobrevivência da fauna local pelo fornecimento de alimento e abrigo, além de promover efeitos psicossociais que auxiliam na melhoria da qualidade de vida dos habitantes. Nos projetos de arborização urbana, quando são levadas em conta as exigências ecológicas das espécies, assim como, as características físicas dos locais destinados ao plantio, vários problemas de ordem pública são evitados. Espécies nativas regionais, além de serem mais bem adaptadas às condições físicas e biológicas regionais, apresentam maiores taxas de sobrevivência e contribuem para a conservação da biodiversidade em escala regional. O estudo teve por objetivo avaliar o potencial paisagístico de espécies arbóreas nativas, ameaçadas de extinção, de um remanescente de Floresta Ombrófila Densa Montana do sul do estado de Santa Catarina, Brasil. Para a coleta de dados foi utilizado o levantamento fitossociológico do componente arbóreo da referida formação florestal realizado em uma propriedade privada (28º44'S e 49º45'O) no município de Morro Grande, executado por Bosa et al. (2015). Os critérios de inclusão no estudo foi o grau de ameaça ao qual as espécies arbóreas estão submetidas, de acordo com as listas de espécies ameaçadas de extinção em nível nacional, regional e estadual. Para cada espécie arbórea, que se enquadrou nos critérios acima estabelecidos, foram obtidos dados taxonômicos, informações sobre tolerância à luminosidade e preferência edáfica. Além destas, foram obtidas informações e características biológicas de interesse paisagístico para a arborização urbana como o porte, persistência foliar, tipo de sistema radical, formato da copa, sombreamento, dados fenológicos de floração e de frutificação, coloração da folha e da flor. Os dados obtidos foram organizados em tabelas e analisados segundo a representatividade percentual. A seleção resultou em 18 espécies nativas, das quais, 17 se encontram sob algum grau de ameaça em nível regional, conforme a lista de espécies da flora ameaçadas de extinção do Rio Grande do Sul, duas se encontram ameaçadas em nível estadual, conforme a legislação específica de Santa Catarina e cinco se encontram ameaçadas em nível nacional. Todas as 18 espécies apresentam uma ou mais características relevantes que as qualifica como aptas de serem utilizadas na arborização de parques, praças ou vias públicas urbanas, muitas delas, já utilizadas em projetos paisagísticos. No entanto, ao serem utilizadas, devem ser levados em consideração os conflitos que podem surgir entre as espécies e os serviços públicos. Neste contexto, a arborização urbana, quando planejada e executada de forma técnica e por profissional habilitado, vem a ser um ótimo espaço para a conservação de espécies nativas regionais ameaçadas de extinção.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Trabalho de Conclusão de Curso - TCC
Data da publicação: Dez-2019
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/8797
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