Representação social do “ser” e “ter” uma criança diabética

Abstract

O presente estudo teve como objetivo relatar as vivências do pai durante o nascimento de seu filho em um centro obstétrico de um hospital da região sul de Santa Catarina. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, descritiva e de campo. Participaram da pesquisa dez pais que participaram como acompanhantes das parturientes. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados a entrevista semi estruturada com os pais dos recém-nascidos e a observação sistematizada da estrutura física do Centro Obstétrico. As vivências dos pais foram permeadas por sentimentos de alegria, felicidade, emoção, realização; destacado como um momento mágico que fica marcado para vida toda. Concomitantemente, surgiram relatos dos pais relacionados ao medo de permanecer na sala de parto e da responsabilidade de cuidar. A participação do acompanhante no processo de pré natal, parto e pós-parto é amparada por lei, mas a maioria dos pais desconhece os seus direitos. O estudo demonstrou que o pai tem interesse em participar do processo de parturição de sua companheira, mas que falta incentivo, e conhecimento de seus direitos. Durante o estudo, pode-se observar que a rotina do setor nem sempre permite o que preconiza o Ministério da Saúde. A instituição em estudo demonstra através de seus profissionais empenho em inserir os acompanhantes durante todo o desenvolvimento do trabalho de parto e parto, mas devido à infraestrutura do setor não é rotina que a mulher seja acompanhada por uma pessoa de sua escolha. Sugere-se a readequação da estrutura física do Centro Obstétrico e capacitação da equipe de enfermagem para o acolhimento da parturiente e acompanhante no processo de parto; para desta forma, efetivar a Política de Humanização do parto de acordo com os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde.