O estresse da equipe de enfermagem atuante em UTI no período noturno

Abstract

Este estudo teve como objetivo identificar os fatores determinantes do estresse da equipe de enfermagem atuante na UTI em período noturno. Pesquisa de abordagem metodológica quali-quantitativa, descritiva-exploratória e de campo. O estudo foi realizado com 16 profissionais da equipe de enfermagem da UTI do período noturno, de um hospital de Grande Porte de Alta Complexidade da Região Sul de Santa Catarina. Aplicou-se o Inventário dos Sintomas de Estresse para Adultos de Lipp (ISSL), com o objetivo de levantar os níveis de estresse da equipe de enfermagem atuante na UTI. Posteriormente aplicou-se questionário para conhecer o perfil dos trabalhadores, identificar os principais fatores produtores de estresse e conhecer o cuidado que os trabalhadores têm consigo mesmo. Em relação ao resultado do Inventário de Sintomas de Estresse para Adulto de Lipp (ISSL), 56,25% dos profissionais da equipe de enfermagem atuante na UTI não apresentaram estresse e 43,75% apresentaram estresse. Dos profissionais que apresentaram estresse 37,5% estavam na fase de resistência e 6,25% na fase de exaustão. Em relação à sintomatologia 81,25% referem dores musculares; 56,25% ansiedade, dor de cabeça e tensão muscular; 37,5% queda de cabelo, dificuldade de concentração e irritabilidade geral e agressividade; 31,25% redução da libido, impulso sexual e azia, entre outros sintomas. As causas que tonam o trabalho estressante também foram descritas pelos profissionais; sendo que 93,75% consideram a profissão estressante. Sugere-se a partir dos resultados da pesquisa estratégias visando melhorar a qualidade de vida no trabalho. O profissional de enfermagem é um ser humano cuidando de seres humanos que necessita de cuidado para garantir a qualidade do cuidar em UTI.