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Título: Efeitos de diferentes protocolos de treinamento resistido sobre a adiposidade em camundongos obesos
Autor(es): Guedes, Janesca Mansur
Orientador(es): Souza, Claudio Teodoro de
Palavras-chave: Obesidade
Adiposidade corporal
Treinamento de resistência
Treinamento com pesos - Hipertrofia
Hipertrofia muscular
Metabolismo energético
Descrição: Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde.
Resumo: A prevalência e a incidência da obesidade tem aumentado em todo o mundo e está associada a várias doenças crônicas, como diabetes mellitus tipo 2, isquemia do coração, hipertensão e câncer e, como consequência, está relacionada a um risco de mortalidade prematura. Por outro lado, o exercício físico tem se caracterizado como um dos principais fatores ambientais para prevenir e reduzir a obesidade, aumentando a massa magra e diminuindo a gordura corporal. Enquanto existe unanimidade sobre os efeitos benéficos do exercício aeróbio sobre o controle ponderal, os efeitos do exercício resistido (mais comumentemente relacionado a exercícios de peso) ainda carecem de maiores investigações. Nesse sentido, este estudo teve como objetivo avaliar os efeitos dos treinamentos de resistência muscular, hipertrofia e força sobre a adiposidade corporal, alterações metabólicas e moleculares nos tecidos adiposo e muscular em camundongos Swiss obesos por dieta hiperlipídica. Para isso, foram utilizados dois grupos de camundongos Swiss machos: magros e obesos divididos aleatoriamente em oito grupos, (i) camundongos controle magro (dieta padrão) não treinado (DPNT); (ii) camundongos controle obeso (dieta hiperlipidíca) não treinado (DHNT); (iii) camundongos magros submetidos ao treinamento de resistência muscular (DPTR); (iv) camundongos obesos submetidos ao treinamento de resistência muscular (DHTR); (v) camundongos magros submetidos ao treinamento de hipertrofia (DPTH); (vi) camundongos obesos submetidos ao treinamento de hipertrofia (DHTH); (vii) camundongos magros submetidos ao treinamento de força (DPTF); e (viii) camundongos obesos submetidos ao treinamento de força (DHTF). A dieta hiperlipídica consistiu de 38,5% de carboidrato, 15% de proteína, 46,5% de gordura e foi ofertada, assim como a água, ad libitum. O protocolo de treinamento consistiu em escaladas, por um período de dez semanas de exercícios, com frequência de dias alternados (dia sim, dia não). Nas 1ª, 4ª, 7ª e 10ª semanas, realizou-se coletas de sangue caudal para análise de lactato para verificação da intensidade do treino. Quarenta e oito horas após a última sessão de treinamento os animais sofreram eutanásia. O sangue foi coletado e centrifugado para análises do ácido graxo livre e glicerol. O tecido adiposo epididimal, o perirenal, o retroperitoneal e o mesentérico foram retirados e pesados para determinação do índice de adiposidade. Em seguida o tecido adiposo epididimal e o quadríceps foram homogeneizados e análises moleculares realizadas através da técnica de western blot, como também fixados em parafina para análises histológicas. No tecido adiposo foram analisados os níveis de proteínas pHSL ser660 , pPKA, e pPerilipina, enquanto que no tecido muscular as moléculas analisadas foram a pAMPK e SDH. Para a análise dos dados, foi utilizado o teste ANOVA two-way seguido pelo teste post hoc deTukey, considerando significativo um p<0,05. A carga de treinamento ocorreu de maneira constante e igualitária, com excessão da primeira coleta que os grupo DPTF e DHTF apresentaram uma concentração de lactato maior que os grupos DPTR e DHTR, respectivamente. Nos animais obesos, os resultados demonstaram que as três modalidades de treinamento reduziram o peso corporal, a área adipocitária e aumento da área da fibra muscular do quadríceps quando comparados ao grupo DHNT. A redução do índice de adiposidade foi observada nos grupos DHTH e DHTF quando comparado ao grupo DHNT. Os camundongos magros treinados não reduziram o peso corporal, o índice de adiposidade e a área adipocitária quando comparados com o grupo DPNT. Os níveis séricos do ácido graxo livre e glicerol apresentaram diferença somente nos grupos DPTH e DPTF versus DPNT. Os níveis proteicos de pHSLser660 e de pPerilipina foram menores nos grupos que realizaram treinamento de hipertrofia e de força, tanto nos camundongos magros como nos obesos em comparação ao grupo não treinado; e os níveis proteicos de pPKA apresentaram-se elevados em todos os grupos que realizaram treinamento quando comparados ao grupo não treinado, em ambas as dietas. Em relação as análises moleculares no tecido muscular observou que os níveis proteicos de pAMPK aumentaram em todos os grupos que realizaram treinamento, tanto nos camundongos magros como nos obesos em comparação ao grupo não treinado; e os níveis proteicos de SDH também aumentaram em todos os grupos que realizaram treinamento quando comparado ao grupo não treinado, tanto nos camundongos magros como nos obesos, e os grupos DPTH e DPTF apresentaram valores maiores quando comparado ao grupo DPTR, assim como os grupos DHTH e DHTF apresentaram valores maiores que o grupo DHTR. Em conjunto, os resultados demonstraram que o protocolo de treinamento resistido utilizado pode reduzir a adiposidade em camundongos obesos - redução no peso corporal, redução no índice de adiposidade e, redução na área adipocitária; demonstrando ser eficiente para o controle da adiposidade.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Tese
Data da publicação: 2016
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/4742
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