Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://repositorio.unesc.net/handle/1/11911
Título: Disfunção do sistema glinfático, neuroinflamação e dano cognitivo após modelo experimental de meningite pneumocócica
Autor(es): Santo, Roberta Rodrigues do Espírito
Orientador(es): Barichello, Tatiana
Co-orientador: Generoso, Jaqueline da Silva
Palavras-chave: Sistema glinfático
Meningite pneumocócica
Dano cognitivo
Inflamação
Descrição: Tese de doutorado apresentado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde.
Resumo: A meningite pneumocócica é uma grave infecção no sistema nervoso central, que causa intensa inflamação das meninges, sendo considerada uma condição com alto risco de vida e altas taxas de mortalidade. A resposta imune do hospedeiro aumenta a permeabilidade da barreira hematoencefálica, permitindo que as células imunes periféricas cheguem ao líquido cefalorraquidiano aumentando a produção e consequente deposição de detritos. O transporte da BHE e as depurações glinfáticas são mecanismos interdependentes, e a disfunção de ambos pode dificultar a depuração de solutos do cérebro para os linfonodos. O objetivo do presente estudo foi avaliar a funcionalidade do sistema glinfático e sua relação com a disfunção cognitiva em longo prazo em modelo experimental de meningite pneumocócica. A atividade do sistema glinfático e parâmetros comportamentais foi avaliada após a indução de meningite em ratos Wistar adultos em 3 protocolos. Os animais receberam injeção na cisterna magna de 10 μL de suspensão de Streptococcus pneumoniae ou LCR artificial para o grupo controle. Para avaliação do sistema glinfático, os ratos receberam, após a indução, injeção com 25 μL de albumina mais azul de Evans (EBA) e foram eutanasiados em 4, 24 e 72 horas após a indução para coleta de soro e encéfalo. No segundo protocolo, os animais do grupo meningite receberam ceftriaxona e não houve injeção de EBA. Outros animais foram utilizados para o teste comportamental de habituação a campo aberto realizado após 10 dias após a indução. Como resultados, o grupo com meningite apresentou um comprometimento significativo do sistema glinfático ao reter o EBA nos compartimentos do LCR em comparação ao grupo controle, aumento de neuroinflamação e dano neuronal. Relacionada à perda da funcionalidade do sistema glinfático houve consequente acúmulo de componentes pneumocócicos, como a citotoxina Ply e a cápsula polissacarídica, no espaço subaracnóideo perivascular. Esses eventos podem culminar para o comprometimento cognitivo visualizado em 10 dias após o modelo experimental. Pela primeira vez verificou-se que o comprometimento do transporte de solutos entre o espaço subaracnóideo perivascular e o parênquima cerebral ocorre devido ao descolamento dos pés astrocíticos da BHE, com provável perda da função fisiológica dos canais de água AQP4 de transporte de soluto dentro do sistema glinfático.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Tese
Data da publicação: 2025
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/11911
Aparece nas coleções:Tese (PPGCS)

Arquivos associados a este item:
Arquivo Descrição TamanhoFormato 
Roberta Rodrigues do Espírito Santo.pdf1,63 MBAdobe PDFVisualizar/Abrir


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.