O papel da enfermagem na orientação e acolhimento dos familiares após tentativa de suicídio ou suicídio

Abstract

O suicídio não é apenas a morte, mas um ato complexo e cheio de significados. É considerado um ato deliberado, quando uma pessoa está plenamente consciente de que seus atos podem causar a morte. No entanto, esse ato extremo revela apenas a ponta de um iceberg do comportamento suicida, que pode se manifestar em um contínuo, abrangendo desde o desejo de morrer e pensamentos suicidas, com ou sem um plano elaborado, até tentativas anteriores e, nos casos mais extremos, o próprio ato de suicídio. Este estudo teve como objetivo principal conhecer as condutas da equipe de enfermagem sobre as orientações e acompanhamento dos familiares após tentativa de suicídio ou suicídio. Foram entregue um questionário presencial, com 11 perguntas abertas, para abordagem qualitativa, descritiva e exploratória, os profissionais tiveram, em média, uma semana para devolver os questionários. A analise dos dados foi realizada após a organização, ordenação e compilação final. Com os resultados, foram avaliadas e qualificadas as formas como os familiares são tratados e orientados no contexto geral do tratamento multidisciplinar do paciente que cometeu suicídio, buscando através das dificuldades e facilidades encontradas, trazer melhorias no cuidado da família, trazendo assim uma forma mais adequada de tratar esse paciente e consequentemente os familiares mais diretamente. Os dados indicaram que as equipes de enfermagem buscam prestar um atendimento cuidadoso aos familiares de indivíduos que cometeram suicídio, porém, consideram que sua preparação para esse esforço não foi suficiente e que necessitam de maiores esclarecimentos e formação para que se tornem mais qualificados e preparados para um serviço de saúde mais efetivo.