Conduta dos cirurgiões-dentistas da Atenção Básica frente a pacientes pediátricos de difícil comportamento de um município sul catarinense

Abstract

Introdução: O objetivo deste estudo foi avaliar a conduta do cirurgião-dentista generalista da Atenção Primária de Saúde (APS) do município de Içara, frente ao atendimento de pacientes pediátricos de difícil comportamento. Metodologia: O trabalho é resultado de uma pesquisa censitária, quali-quantitativa, exploratória, transversal e de campo, realizada com todos os cirurgiões-dentistas da APS do município de Içara, durante o mês de agosto de 2023. Resultados: Em relação à conhecer e utilizar as técnicas de manejo comportamental de pacientes pediátricos de difícil comportamento, 87,5% responderam que conhecem e utilizam. Sobre a primeira conduta de manejo relacionada ao atendimento destes pacientes, 75% utilizam a técnica falar-mostrar-fazer. Em caso de atendimento pediátrico de difícil comportamento e o cirurgião-dentista não consiga realizar o atendimento de forma alguma, 18,75% encaminham para particular, 37,5% para outra instituição, 18,75% reagendam e 25% encaminham ao especialista em Odontopediatria. Sobre a inclusão do especialista em Odontopediatria no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), 100% consideram necessária, e a respeito do interesse dos cirurgiões-dentistas em aprofundar seus estudos na área da Odontopediatria, 81,25% não possuem interesse. Conclusão: O presente estudo mostrou que a maioria dos cirurgiões-dentistas atuantes da APS afirmaram que possuem dificuldade no atendimento de pacientes infantis de difícil comportamento e realizam encaminhamento para o serviço privado ou para outras instituições, que por muitas vezes localizam-se em outros municípios e/ou requerem um custo, ficando inviável para muitas famílias e deixando pacientes sem o devido direito de acesso à saúde, ou seja, desassistidos.