Estratégias de especialização inteligente como catalisadoras de desenvolvimento socieconômico sustentável

Abstract

O conceito e implementação de Estratégias de Especialização Inteligente está expandindo principalmente da União Europeia para outros contextos. É visto como um modelo de política não convencional de transformação e combinações de métodos top-down e bottom-up. O objetivo do trabalho é compreender a Especialização Inteligente e suas Estratégias observando características que convergem a instrumentos para políticas de desenvolvimento regional. Considerando a lógica abordada, um modelo de Especialização Inteligente pode ser pautado em um sistema complexo dinâmico e adaptativo, com objetivos de crescimento econômico, desenvolvimento socioeconômico sustentável e desenvolvimento regional, interligado a pontos como propostas endógenas e exógenas, combinação de métodos bottom-up e top-down, política de inovação regional, metodologia personalizada, sistemas regionais de inovação e clusters. Foi também observado a temática na realidade brasileira, afinal, a implementação de Estratégia de Especialização Inteligente, em países da América Latina, está sendo mais explorada, um exemplo foi a iniciativa piloto do estado de Pernambuco (RIS3-PE) referente a primeira fase da Especialização Inteligente (2014-2020) apoiada pela própria Comissão Europeia, a qual então, possibilitou ter um olhar mais específico de funcionamento no Brasil, observar como decorreram os trabalhos e limitações, o que pode permitir ampliar para outros estados. A fim de incrementar o conhecimento acerca da Especialização Inteligente, a pesquisa em questão se baseia em uma análise qualitativa, bibliográfica, descritiva, e de base para pesquisas aplicadas, na busca de materiais empíricos seguido de uma sistematização e mapeamento para identificar pontos críticos, além de abordar a transversalidade com a sustentabilidade e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), principalmente com o ODS 9, ODS 11, ODS 16 e ODS 17. Uma limitação é a questão de acompanhamento e monitorização, a qual também se mostra um desafio na implementação de políticas no geral. Por ser uma temática nova, os debates precisam ser ampliados.