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Título: Queda em idosos e fatores associados: estudo de base populacional em Criciúma-SC
Autor(es): BOIT, Fernanda Savi Damiani de
Orientador(es): Meller, Fernanda de Oliveira
Palavras-chave: Quedas (Acidentes) em idosos – Criciúma (SC)
Envelhecimento
Fatores de risco
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Mestrado Profissional) da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Saúde Coletiva.
Resumo: Introdução: O processo de envelhecimento causa alterações fisiológicas, como diminuição gradativa da força muscular, equilíbrio e coordenação motora, tornando os idosos mais suscetíveis a quedas, que são consideradas uma das principais causas de internações de indivíduos com 60 anos ou mais no Brasil. Além disso, esses eventos contribuem para o declínio funcional e diminuem a autonomia, com reflexos diretos na qualidade de vida do idoso. Objetivo: Avaliar a prevalência e fatores associados a quedas de idosos na cidade de Criciúma, Santa Catarina. Metodologia: Estudo transversal realizado com dados da pesquisa Saúde da População Criciumense desenvolvida em 2019. Foram estudados todos os indivíduos com 18 anos ou mais residentes na área urbana do município de Criciúma. Para o presente estudo, apenas os idosos (60 anos ou mais) foram incluídos. Os questionários foram aplicados por entrevistadores treinados. Foram realizadas análises descritivas de todas as variáveis estudadas. Análises brutas e ajustadas foram realizadas para avaliar as associações entre a queda (referente ao ano anterior à entrevista) e as variáveis sociodemográficas, comportamentais e de saúde estudadas. Para essas análises foi utilizada Regressão de Poisson, com nível de significância de 5%, apresentando as razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança. Foi construído um modelo hierárquico com as variáveis e aquelas que apresentarem valor p<0,20 nas associações permaneceram na análise como possíveis fatores de confusão. Resultados: Foram estudados 368 idosos, sendo a maioria do sexo feminino (63,6%), com faixa etária entre 60 e 69 anos (54,6%), de cor de pele branca (83,1%), casado(a)/união estável (63,1%), com renda mensal de até 1.000,00 reais (37,4%) e que não morava sozinho(a) (86,1%). A prevalência de queda foi de 25% (IC95% 20,8; 29,7) e 13% dos idosos tiveram fratura óssea como consequência da queda. A queda nos idosos esteve relacionada com variáveis sociodemográficas e de saúde. Após ajuste para possíveis fatores de confusão, a prevalência de queda foi maior entre os idosos do sexo feminino (RP: 1,46; IC95%: 1,04;2,06), com idade igual ou superior a 80 anos (RP: 1,88; IC95% 1,15;3,07), que moravam sozinhos (RP: 1,71; IC95%: 1,14;2,55), cardiopatas (RP: 1,51; IC95%: 1,01;2,24), não hipertensos (RP: 0,51; IC95% 0,33;0,79), que não tinham diagnóstico de câncer (RP: 0,23; IC95%: 0,06;0,87) e que utilizavam 3 ou mais medicamentos (RP: 4,24; IC95%: 1,77;10,15). Conclusão: Constatou-se que a queda acomete um quarto da população idosa está mais vulnerável a esse evento. O envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida demandam ações preventivas a fim de reduzir os fatores de risco para quedas. Além do impacto financeiro ao sistema de saúde, a queda em idosos traz consigo danos que podem interferir na sua vida funcional, sendo capaz de prejudicar a qualidade de vida dessa população.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2023
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/10842
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