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Título: Desenvolvimento de membrana eletrofiada antbacteriana de policaprolactona (PCL) e nanopartículas de ZnO para aplicação em reparo tecidual
Autor(es): Silveira, Ronaldo Bianchini da
Orientador(es): Arcaro, Sabrina
Co-orientador: Gomes, Thauan
Palavras-chave: Engenharia biomédica
Engenharia tecidual
Cicatrização de feridas
Curativos
Óxido de zinco
Materiais nanoestruturados
Descrição: Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade do Extremo Sul Catarinense - UNESC, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciência e Engenharia de Materiais.
Resumo: A pele, vital para a defesa do corpo, pode sofrer ferimentos que exigem tratamento médico, especialmente em condições como diabetes ou infecções. Os curativos convencionais têm limitações, incluindo baixa capacidade de absorção de exsudatos, o que requer trocas frequentes e pode causar dor e atraso na recuperação. O uso de antibióticos para infecções também apresenta problemas ambientais, de saúde e criação de cepas resistentes de bactéria. Assim, o objetivo deste trabalho é a obtenção de uma membrana eletrofiada de PCL/PEO com adição de nanopartículas de ZnO com características físicas e morfológicas ideais e que possua atividade antimicrobiana, para utilização como curativo funcional no tratamento de feridas. Para isso foi conduzido um estudo da influência dos parâmetros de processo e adição de ZnONPs nas características da membrana, as amostras foram avaliadas quanto a hidrofilicidade, por meio do ângulo de contato, absorção de fluidos, FTIR, morfologia (MEV), degradação em SBF, liberação de zinco por ICP-OES, citotoxicidade e atividade antimicrobiana frente a bactéria Staphylococcus aureus. O PEO foi introduzido com sucesso na matriz de PCL, comprovado pela análise de FTIR. A membrana com composição PCL71PEO apresenta caráter hidrofílico, com um ângulo de contato de 30,22 ° após 3 s de contato, com uma absorção de fluidos de 246,7%. A morfologia das membranas foi controlada de forma a obter uma porosidade de 76,57 ± 0,70% e tamanho de poro de 21,46 ± 8,49 μm com fibras apresentando um certo grau de alinhamento, o diâmetro porém ficou acima da faixa desejada de 1 μm, com 2,93 ± 2,05 μm para a membrana com adição de 5% de zinco. O material obtido apresentou liberação de zinco gerando ação antimicrobiana comprovada pela formação de um halo de inibição de 27,51 ± 1,44 mm com 5% de ZnO e é atóxico às células humanas. A membrana eletrofiada com adição de ZnONPs apresenta potencial para utilização como curativo funcional em feridas infeccionadas, com absorção de exsudatos dando possibilidade de vida útil maior, menos trocas de curativo e proteção antimicrobiana, representando uma boa alternativa aos tratamentos usuais.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Dissertação
Data da publicação: 2024
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/10829
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