Aplicação do Protocolo de Classificação de Robson pelos enfermeiros em um hospital no extremo sul catarinense

Abstract

Introdução: No Brasil, a taxa de cesárias é alarmante, representando o segundo país com maior índice, alcançando 57% na rede pública e 84% na rede privada. A Classificação de Robson, desenvolvida pelo médico irlandês Michael Robson em 2001, procura identificar prospectivamente grupos de mulheres clinicamente relevantes, nos quais existem diferenças nas taxas de Cesária. Essa classificação permite comparações dentro de uma mesma instituição ao longo do tempo ou entre diferentes instituições. Objetivo: Investigar a eficácia da aplicabilidade e a compreensão da Classificação de Robson como ferramenta para fortalecer a assistência segura durante o parto em um hospital privado localizado na região extremo sul catarinense. Método: Estudo transversal descritivo, exploratório de natureza qualitativa e quantitativa. A pesquisa foi conduzida em um hospital privado localizado na cidade de Criciúma, estado de Santa Catarina. Resultados: Com base nas 6 entrevistas realizadas neste estudo, foi constatado que todos os profissionais entrevistados eram enfermeiros, com uma média de idade de 35,16 anos (±14,39). Em relação ao tempo de atuação como enfermeiros, a média foi de 8,20 anos (±4,14). Não houve prevalência específica em relação ao ano de formação, uma vez que cada profissional se formou como enfermeiro em anos diferentes, como 2009, 2010, 2011, 2014 e 2017. O mesmo ocorreu com todos os seis profissionais entrevistados afirmaram fazer uso da Classificação de Robson e no ano de conclusão da especialização, com uma média de 11,4 anos (±2,30), Conclusão: Com base nesta pesquisa, foi observada uma relativa facilidade na implementação da classificação de Robson na instituição estudada. No entanto, os resultados obtidos suscitam reflexões relevantes sobre a importância de fomentar a realização de pesquisas adicionais nesse campo.