Alfabetização: do reducionismo à reconstrução conceitual

Abstract

"Preocupar-se com a Educação é antes de tudo preocupar-se com a alfabetização. Há muitas décadas se observam as mesmas dificuldades de aprendizagem, as inúmeras reprovações e a evasão escolar. Esses fatores muitas vezes são atribuídos aos professores da 1 série do Ensino Fundamental, como se coubesse somente a eles a responsabilidade de alfabetizar. Face a estas preocupações, decidimos realizar este estudo. Fundamentando-nos nas ideias de: Cagliari, Ferreiro,Kato, Smolka, Tfouni e Vygotsky. Definimos como objetivo geral analisar as concepções de alfabetização dos professores das séries iniciais do Ensino Fundamental. Os objetivos específicos, traçados para efeito do presente estudo, foram o de conceituar a alfabetização enquanto processo de apropriação de diferentes linguagens, o de identificar as concepções de alfabetização que sustentam a crença de que a alfabetização se restringe ao ato de ler e escrever, identificar os critérios utilizados pelos professores para promover o aluno para a série seguinte. A pesquisa foi feita através de questionário de forma qualitativa, realizada em escolas municipais da rede publica do município de Criciúma, com quatro professores, sendo um de cada série das séries iniciais do Ensino Fundamenta. Em face dos dados coletados, pode-se chegar a compreensão de que em dias atuais ainda encontramos professores que possuem um conceito de alfabetização restrito ao ato de ler e escrever. Portanto é possível ressaltar que a alfabetização não pode ser encarada simplesmente como o desenvolvimento de habilidades que vise a aquisição do aprender ler e escrever. Faz-se necessário, portanto, uma reconstrução conceitual de alfabetização, com uma visão de processo permanente de cunho social, de dimensões políticas, de interpretação e produção de sentido. E Considerar a alfabetização e letramento como processos interligados, porém separados enquanto abrangência e natureza.