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Título: Preditores de alterações a longo prazo em pacientes pós-alta da unidade de terapia intensiva e sua relação com biomarcadores inflamatórios
Autor(es): Gonçalves, Renata Casagrande
Orientador(es): Pizzol, Felipe Dal
Palavras-chave: Disfunção cognitiva
Doença crítica
Qualidade de vida
Cuidados críticos
Transtorno de estresse pós-traumático
Biomarcadores inflamatórios
Descrição: Tese de Doutorado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense para obtenção do título de Doutora em Ciências da Saúde.
Resumo: Os avanços na medicina intensiva propiciaram melhorias no cuidado e desfecho dos pacientes críticos, consequentemente, aumentando a taxa de sobrevida destes nos últimos anos. Porém, apesar da melhora dos prognósticos, é crescente a preocupação com as consequências a longo prazo decorrentes de uma doença crítica e do período de permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Neste contexto, o presente estudo avaliou biomarcadores inflamatórios e sua relação com sequelas físicas e neuropsiquiátricas a longo prazo em pacientes admitidos em UTI, após a alta hospitalar, no período de abril de 2017 a dezembro de 2019. Trata-se de um estudo de coorte, prospectivo, desenvolvido com pacientes sobreviventes de cuidados intensivos em três UTIs de um Hospital do extremo Sul Catarinense. Foram elegíveis para participação no estudo, pacientes clínicos e/ou cirúrgicos, maiores de 18 anos de idade que receberem alta da UTI com: um período de internação superior a 72 horas se admitidos por urgência clínica ou cirúrgica, ou um período de internação superior a 120 horas se admitidos por cirurgia eletiva, que permanecerem internados nas enfermarias entre 24 à 120 horas pós-alta da UTI. A coleta de dados ocorreu em tempos distintos, sendo, dados sociodemográficos, dados clínicos (correspondentes ao período de internação na UTI) e a coleta de sangue, realizados após alta imediata da UTI. Foi avaliado citocinas fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), Interleucina (IL) -4, IL-5, IL-6, IL-10 e IL-33 em soro, por método ELISA. Aos 6 meses foi avaliado, estresse pós-traumático, independência funcional, qualidade de vida relacionado à saúde e mortalidade. Aos 12 meses foi avaliado, independência funcional, qualidade de vida relacionado à saúde, disfunção cognitiva e mortalidade, ambos seguimentos ocorrem via telefone. Os resultados apresentaram o perfil dos pacientes incluídos no estudo logo após alta da UTI, bem como do seguimento de 6 e 12 meses. De modo geral, pacientes relataram necessidade de cuidadores e/ou de cuidados profissionais como nutricionista, fisioterapia e fonoaudiólogo, sendo que a maior parte dos pacientes não conseguiu retornar ao seu trabalho anterior, em ambos os tempos do acompanhamento. Biomarcadores inflamatórios como IL-6 e IL-4, apresentaram-se elevados em pacientes que apresentaram quadro de dependência funcional moderada a grave e que relataram qualidade de vida relacionada a saúde, prejudicada, respectivamente. Por fim, baseado nos achados desse estudo, foi possível traçar o perfil dos pacientes que foram hospitalizados em UTIs e como essa experiência impactou na qualidade de vida de amplo aspecto (funcional e emocional) relacionada a saúde a longo prazo, assim, ressalta-se a importância e a necessidade de maior cuidado e acompanhamento do paciente crítico agudo.
Idioma: Português (Brasil)
Tipo: Tese
Data da publicação: 2021
URI: http://repositorio.unesc.net/handle/1/10118
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